Por Elmo Fernandes

Aleitamento materno  / Amamentação

Em rigor, aleitamento materno é na mamadeira, já a amamentação é no peito. Alguns gramáticos admitem as duas formas.

Alisamento  / Alizamento

A expressão vem de “liso”. Portanto, alisamento.

Alisar  / Alizar

Alisar é escrito com “s” mesmo. Mas, cuidado: “Deslizar” é escrito com “z”.

Alto  / Auto         

Cuidado!!  Alto é o contrário de “baixo”; auto indica um ato público ou prefixo significando “si próprio”. 

Alugam-se apartamentos  / Aluga-se apartamentos               

A forma correta é: “Alugam-se apartamentos”, já que o termo “alugam-se” está relacionado a “apartamentos”. Apartamentos são alugados.

Origem das expressões

“Bons ventos o trazem”

Foi esta a saudação do então prefeito do Distrito Federal (Rio de Janeiro) a Alberto Santos Dumont quando ele desembarcou no Brasil, depois de voar na França com o “mais pesado que o ar”, em 1906. No que Santos Dumont teria retrucado:

– Mas eu vim de vapor, senhor prefeito! (Dos jornais da época).

Dicionário de humor da língua portuguesa

Caatinga – Cheiro ruim.

Caçador – Indivíduo que procura sentir dor.

Cadeado – Alguém procurando Ado.

Cágado – borrado.

Carmo – Caipira sossegado.

Cálice – Ordem para ficar calado.

Caminhão – Estrada muito grande.

Catálogo – Ato de se apanhar coisas rapidamente.

Chicote – Pessoa chamada Francisco, que tem baixa estatura.

Coagir – atuar em equipe.

Coaxar – Achar em conjunto com outros.

Código Penal – Sistema de leis aplicado nas confecções de travesseiros de penas.

Coffe – Onomatopeia que representa tosse. Ex.: coffe,coffe.

Compromisso – Diz-se daquele que compra alguém para ficar omisso.

Compulsão – Qualquer animal com pulso grande.

Comunicação de massa – É um espaguete conversando com a lasanha.

Conceição – Elemento da soma: Quatro conceição dez.

Contrato de risco – Contrato dos desenhistas.

Contribuir – Ir para algum lugar com vários Índios.

Coordenada – Que não tem cor.

Dicionário de mineirês

Cabuloso – Estranho, complicado ou sinistro, interessante.

Caçá confusão – Entrar em conflito.

Caçá increnca – Entrar em conflito.

Caçáindaca – Entrar em confusão.

Cacei enqua tudé lugá – Procurei em muitos lugares.

Cachorro sem vergonha – Depreciação referindo-se a homem de caráter duvidoso.

Caçuá – Brincar, fazer galhofa ou chacota.

Cacunda – Costas.

Cadatia – Casa da tia.

Cadavó – Casa da avó.

Cadê? – Onde está?

Cadela véia – “Cadela velha”, referindo-se pejorativamente a uma mulher de comportamento reprovável.

Cadifósfo – Caixa de fósforo.

Cadiquê – Por causa do quê = Por que? Por qual motivo?

Cadiquim – Um pouquinho, um tantinho.

Caducá, caducano – Confusão mental devido à velhice.

Cadopai – Casa do pai.

Caduzôto – Casa dos outros.

Café pelando – Café muito quente, de queimar a pele da boca.

Cafezinho – Café.

Cafungada no cangote – Carinho, chamego; cheirar a nuca, sentir o perfume.

Cagada – Serviço mal feito; ou que tem relação com o verbo “cagar”: Dar uma cagada. A menina está toda cagada. 

Caganêra – Disenteria.

Caganoeandano – Sem importar com o que está acontecendo.

Caisopô – Caixa de isopor, geladeira de isopor.

Caldo intornô – As coisas ficaram ruins.

Calombo – Inchaço ou nódulo.

Cambel – Campo Belo.

Cambeta – Que possui as pernas tortas; que tem dificuldades para andar, por deficiência física ou por lesão. 

Candos passarin – O cantar dos passarinhos.

Capaiz, viu – De jeito nenhum, não quero, não vou; é capaz!

Capado – Castrado.

Capitinha – Criança indisciplinada.

Cara dum, fucim do ôtro – Parecem muito um com o outro.

Carai! – Não acredito; droga!

Caramba! – Que surpresa!

Carece não – Não precisa.

Carmuída – Carne moída.

Cascôfora – Foi embora, desistiu.

Cata-jeca – Ônibus que para muito pelo caminho, para pegar passageiros na estrada.

Catira – Troca.

Catirêro – Que faz trocas.

Causdiquê? – Por causa de quê? Por que motivo?

Pensamento da semana

“A diferença entre o sábio e o esperto é que o esperto consegue se safar de uma situação na qual o sábio não teria entrado.” (Autor desconhecido)

Imagem Freepik

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Elmo Fernandes é professor de Língua Portuguesa e escreve semanalmente no Portal Phóx a coluna “Em dia com a Língua Portuguesa”.