Elmo Fernandes

Em dia com a Língua Portuguesa

Por Elmo Fernandes

Abaixo-assinado  / Abaixo assinado

O documento coletivo, de caráter reivindicatório, chama-se abaixo-assinado e seu nome dever ser escrito com hífen. Exemplo: Os empregados da empresa entregaram um abaixo-assinado reivindicando aumento de salário. Escreve-se abaixo assinado, sem hífen, quando se faz referência a uma ou mais pessoas que assinam o documento. Exemplo: João da Silva, abaixo assinado, requer análise e revisão do exame prestado nessa prova.

Dicionário de mineirês

Badaarve – Debaixo da árvore.

Badacama– Debaixo da cama.

Badaponti – Debaixo da ponte.

Badassaiaia – Debaixo da saia.

Badulaquêra – Quantia enorme de ornamentos baratos. 

Bagaça – Coisa ruim.

Baité – Abaeté.

Bão di mexida – Flexível.

Bão dimais da conta – Excelente.

Bão di serviço – Competente.

Bão, mar bão mermo – Bom, mas bom mesmo.

Bão pá daná – Bom demais, excelente, ótimo.

Bão pá jogá fora – Não presta.

Bão tamém – Bom também.

Baranga – Mulher de mal gosto para qualquer coisa.

Barganhar – Trocar.

Barguia – Braguilha.

Barréla – Muito barro.

Barrer – Varrer.

Barui – Barulho.

Batê perna – Andar muito.

Baxóte – Pequeno.

Baxotim – Muito pequeno.

Origem das palavras e expressões

Cair a ficha
A expressão ainda é bastante popular, mas já não faz sentido, pela simples razão de que não se usa mais ficha para falar em telefone público. Agora é cartão. Vale a pena contar um pouco de história. Desde 1930, os telefones públicos funcionavam com moedas de 400 réis. Veio a inflação, e galopante, o que fez com que, a partir dos anos 70, o Governo preferisse a utilização de fichas. Só com elas seria possível acionar os chamados orelhões, equipamento urbano que virou figurinha fácil nas cidades brasileiras, embora vândalos e cafajestes, sem motivo algum, destruíssem boa parte deles, verdadeira estupidez. Esse tipo de ficha só caía após ser completada a ligação, o que fez nascer a expressão cair a ficha, ou seja, o momento em que conseguimos entender alguma coisa. As fichas desapareceram em 1992 e deram lugar aos cartões, até hoje em vigor, mas a expressão continua sendo lugar comum em nosso quotidiano.


Dicionário de humor da língua portuguesa

Abaixo – Letra “a” com pouca altura.

Abismado – Uma pessoa que caiu do abismo.

Abreviatura – Ato de abrir um carro da polícia.

Abrigar – Lutar contra vogais.

Absurdo – Diz-se do surdo que escuta com perfeição.

Acidente – acontecimento desagradável sempre por culpa dos outros.

Açucareiro – Comerciante de açúcar que vende produto acima da tabela.

Adolescente – militante do verbo adolescer, quer significa pentelhar os mais velhos até

Adversário – Dia do nascimento do fanho.

Aguardente – Má regulagem do chuveiro.

Afiador – Dor cortante.

Alopatia – Dar um telefonema para a irmã da mãe.

Alta combustão – Mulher grande, com seios fartos.

Amador – O mesmo que masoquista.

Amígdala – pessoa que é a amiga de verdade, não é só da boca pra fora.

Amnésia – é o mesmo que… hum… sei lá, esqueci!

Antagonizar – A anta agonizado.

Armarinho – Vento proveniente do mar.

Aspirado – Carta de baralho completamente maluca.

Assaltante – Um “a” que salta.

Astronomia – Um gato mudo que se chama astro.

Autópsia – autoanálise psicológica.

PENSAMENTO DA SEMANA

A justiça de Deus é paciente, mas quando chega é implacável” (Autor desconhecido).

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Elmo Fernandes é professor de Língua Portuguesa e escreve semanalmente no Portal Phóx a coluna “Em dia com a Língua Portuguesa”.