Ailton Costa

Intérprete Ross Diniz gera acessibilidade e inclusão através da língua de sinais

Por Ailton Costa

Natural de Divinópolis, o professor tradutor e intérprete de Libras Rosselini Diniz Ribeiro de Oliveira, conhecido como Ross, trabalha desde 2013 com Libras. Iniciou sua carreira como intérprete na instituição SENAI- Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial no curso de Mecânica Ferroviária. Na UEMG- Universidade do Estado de Minas Gerais também mediou à comunicação com os surdos.

O profissional intérprete em Libras é muito requisitado nas áreas mais diversas como: saúde, educação, shows, eventos, jurídico, ambiente empresarial entre outros.

Como docente da língua brasileira de sinais, a partir do ano de 2014, exerceu a profissão em vários cursos particulares contribuindo também na Associação dos Surdos de Divinópolis. Desde 2019, também ministra aulas para a formação de profissionais tradutores-intérpretes com o intuito de estimular e transmitir seus conhecimentos, atendendo as comunidades e os arranjos produtivos locais.

A demanda por intérprete de Libras é muito grande e é maior que o número de profissionais formados e tende a aumentar nos próximos anos. De acordo com a legislação brasileira prevê o atendimento e tratamento adequado às pessoas surdas, conforme a leinº 10.436/02. No entanto, a muitos lugares de atendimento público que não possui o intérprete.

Ross Diniz faz uma reflexão sobre a popularização de Libras na pandemia:

– A pandemia acelerou a questão da acessibilidade, a cantora Marília Mendonça foi uma das pioneiras a fazer uma live com o profissional intérprete de Libras, colocando a língua de sinais em evidência. Depois disso, vários cantores foram adeptos, fazendo com que a Libras tivesse grande visibilidade – conta.

As ferramentas tecnológicas veio como um facilitador para transmitir informação para o surdo. Através das câmeras (Webcam/internet, redes sociais) o surdo faz uma chamada de vídeo que o possibilita se comunicar. Sendo assim, a tecnologia auxilia para o processo de sociabilidade e também de inclusão. O trabalho do intérprete nas escolas é de  acordo com a demanda. Já a disciplina de Libras nas escolas de ensino básico ainda não existe.

– Nós do grupo “Sinalize” por exemplo, já ensinamos a língua de sinais para alunos em uma escola particular em Divinópolis e foi um trabalho ímpar, porém não acontece freqüentemente. É no ensino superior, em alguns cursos como o de licenciatura e da área da saúde, que há um movimento e envolvimento maior – explica Diniz.

A Libras foi reconhecida como segunda língua oficial do Brasil em 2002, conforme a lei nº 10.436, regulamentada três anos depois pelo Decreto nº 5.626/05. E também neste ano foi o segundo idioma mais procurado pelos brasileiros. De acordo com a Federação Mundial de Surdos, existem cerca de 70 milhões de pessoas vivendo com surdez, e mais de 80% delas estão em países em desenvolvimento.

O grupo “Sinalize” é formado por: Ross, Mariluce, Renato e Graciele. É uma união de forças de amigos que trabalham com Consultoria e Cursos de Libras e também Interpretações e Traduções em Libras. Os quatro pilares que regem a equipe são: Acessibilidade, Inclusão, Respeito e Empatia. O objetivo é difundir o conhecimento da língua e dar acessibilidade e inclusão da comunidade surda. Com um evento inclusivo o grupo também produz um sarau em Libras com literatura e canções que são traduzidas para a língua de sinais.

A profissão de Tradutor e Intérprete de Libras foi regulamentada em 2010 pela lei nº12.319, e passou por diversas mudanças e avanços. O desejo de regulamentar  a profissão surgiu de uma luta antiga da comunidade surda. Contudo, ainda é preciso de profissionais com formação adequada.

Para saber mais sobre como se tornar um intérprete de Libras e ajudar muitas pessoas acessem os links abaixo:

https://www.instagram.com/gruposinalize/

https://www.instagram.com/rossdiniz/

https://web.facebook.com/rossdiniz?_rdc=1&_rdr

Mais informações: 37 8404-4031 Ross Diniz

ailtoncastroalvesdacosta@gmail.com | + posts

Ailton Castro Alves da Costa, Músico/ Compositor /Ator/ Clown/ Poeta/ Iluminador/ Produtor Cultural/ Cineasta/ Roteirista/ Diretor/
Nasceu em São Paulo e reside em Divinópolis há 25 anos. Iniciou a sua vida artística aos 16 anos de idade na ‘‘Cia de teatro Cláudio Ramos’’ como ator, iluminador e contra regra. O destaque cultural veio com a “Cia de Teatro Os Teatráveis”, maior Cia de teatro do centro-oeste mineiro, onde foi cofundador e idealizador de projetos de destaque como “Toda Terça Gravatá”, o segundo maior projeto de teatro de Minas Gerais. Foi fundador da produtora cultural “Top Kemp Produções Culturais”e da banda de rock “Esfera do Ser”. No audiovisual produziu 5 curtas metragens: "Homem da Janela" (Drama); "Linda", (que participou do Festival de Curtas Ambientais, promovido pela In Cawsa); "Todos Iguais" (selecionado para o 3º Festival de Cinema de Jaraguá). ‘”3 Olhares na Pandemia” selecionado pelo projeto Aldir Blanc, Fruto Estranho filme criado todo no celular . Um dos criadores da série TECO E TEODORO.
Com a banda Esfera do Ser produziu 16 clipes musicais e 1 álbum musical chamado “Xícaras”.
Cofundador do GAC- Grupo de Atores de Cinema de Divinópolis MG e CEGEC- Centro Gerador de Cultura de Divinópolis. Cofundador da Tico-tico repetico teatro infantil e confundador da TumateCru de comédia.