Por Poliana Rabelo
O Brasil, semelhante aos países desenvolvidos, presencia nos últimos anos um processo crescente de envelhecimento de sua população, desencadeado principalmente pela diminuição da mortalidade infantil no século XX e o aumento da expectativa de vida.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),em 2008, a expectativa de vida média para as mulheres foi de 76,6 anos e para os homens de 69 anos. Em 2050, estimativas indicam que a vida média da população brasileira pode chegar a 81,29 anos, basicamente os mesmos níveis de países desenvolvidos como China e Japão.
As alterações corporais típicas do envelhecimento incluem uma redução gradativa do percentual de massa muscular e uma redistribuição do tecido adiposo. Com uma diminuição deste tecido nos membros é progressivo o aumento na cavidade abdominal. Essas mudanças na composição corporal tornam a população idosa e extremamente susceptível ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.
Segundo Bassler e Lei (2008), a manutenção de um estado nutricional adequado na pessoa idosa é extremamente complicada, frente às doenças crônicas, às modificações fisiológicas inerentes à idade que interferem no apetite, no consumo e na absorção de nutrientes, às questões sociais e econômicas e ao uso de múltiplos medicamentos para tratamento de patologias existentes.
Diante dessas alterações, é necessário que haja uma avaliação das mesmas, no sentido de identificar se são comuns do envelhecimento ou se são resultantes de condições patológicas. Desta forma, torna-se fundamental a detecção precoce de desvios nutricionais que possam ocasionar um declínio dos níveis de saúde do idoso, o que pode ser feito através de avaliações do estado antropométrico, dietético e do perfil socioeconômico.
Entre as várias formas de avaliação do estado nutricional, em estudos clínicos e principalmente em estudos populacionais, as medidas antropométricas são as mais utilizadas, merecendo destaque o índice de massa corporal (IMC), que permite a identificação de indivíduos em risco nutricional. Todavia, como indicador de risco no idoso, ele tem sido considerado pobre, em razão de não refletir, principalmente, a distribuição regional de gordura que ocorre com o processo de envelhecimento. Por esta razão, deve ser associado à avaliação de dobras cutâneas (SAMPAIO e FIGUEIREDO, 2008).
Neste sentido, a avaliação do estado nutricional do idoso permite a elucidação das alterações que estão ocorrendo e direciona as ações educativas de intervenção, o que pode melhorar consideravelmente sua qualidade de vida.
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Olá, meu nome é Poliana Rabelo Morato, sou Nutricionista apaixonada pela profissão. Me formei no ano de 2011 pela Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas) e iniciei minha jornada na Nutrição. Minha pós graduação é em Nutrição Esportiva, cursei a mesma pela Faculdade Metropolitana de São Paulo (EAD) finalizando em 2022.
Nesta caminhada vou buscando cursos, simpósio, congressos, aulas extras pois, conhecimento nunca é demais e estamos em constante evolução e lapidação como pessoa e profissional.
"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana."
Nutricionista Clínica e Esportiva
CRN9 11245